TEMPO DE DANTE


Estamos na era em que Paulo Coelho descobre a formula e vende milhões de livros e a geração se esquece de Machado de Assis, Monteiro Lobato entre outros que fogem da memória cultural do País, já não se fala mais em Tarsila do Amaral, Almeida Jr, Aleijadinho, Carlos Gomes, enfim, Mazzaropi, não tem mais lugar na tela, nem Oscarito, nem Arrelia, Grande Otelo já se Foi, Que sorte que temos Marcelo Rubens Paiva, Ubaldo Ribeiro, Manoel Carlos, Gloria Peres, Lucio Mauro, entre outros que estão e estão por nascer, uma época, que a luz elétrica se apaga e a lamparina ganha o lugar na estante. O homem se cansou da cidade e volta pro campo, e volta pro canto, e tenta reconquistar o linguajar as vestes e o cardápio, bem no pé do fogão a lenha da saudosa e agora real; Casa de Taipa. Esta obra de Luiz dos Passos é uma memória viva desse momento, numa linguagem simples e bucólica, repassa e rememoriza esse cenário passado a ferro    de brasa, lida em lampião de querosene e degustado num prato de agate, de uma eterna panela de ferro, escrita com pena e com muita, muita sardade do tempo de Dante, como diz os mais antigos. 





O EDITOR


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